Do ponto de vista histórico, o Brasil, no início dos anos de 1960, foi de um extremo a outro: viveu a experiência democrática do governo de Juscelino Kubitschek de Oliveira, passando pela traumatizante renúncia do presidente Jânio Quadros e pelas propostas de reformas de base do turbulento governo populista de João Goulart, até chegar à ditadura, consequência de um golpe civil/militar, em 1964, que duraria até 1985.Já Portugal, em 1933, substituiu a Primeira Constituição Republicana de 1911 que, na prática, não vigorava desde o golpe militar de 1926, por uma outra que subalternizava o Parlamento e limitava as liberdades individuais. Emergia uma ditadura denominada de Estado Novo, sob a liderança de Antônio de Oliveira Salazar.É nesse cenário histórico que o livro pretende buscar as raízes da militância leiga católica, tanto brasileira como portuguesa. Simultaneamente, analisa a militância dos movimentos católicos progressistas no final do século XX e início do século XXI. assim como o papel dos leigos no trabalho pastoral de educação e conscientização da Igreja Católica.