Uma pandemia mundial, três doses de ayahuasca, muita terapia e um violão. O amanhã ninguém sabe, mas existem amanhãs e AMANHÃS.Em janeiro de 2020, eu estava na minha praia baiana predileta curtindo a água morna e a família branda, enquanto notícias chinesas apontavam para um beco sem saída e um desvio muito fora do desvio-padrão.Em fevereiro de 2020, nosso carnaval era pontuado pela dúvida: já chegou o coronavírus nesse bacanal, nadando de braçada na muvuca e na esbórnia?Em março de 2020, ele chegou com o pé na porta e um murro no baço, mas a gente sabia que daqui a duas semanas tudo se resolveria.Eu já estava fazendo trabalho de sombra meses antes do mundo inteiro, pendurado de cabeça pra baixo e tentando me conciliar com quem eu sou. O Santo Daime deu-me um espelho para olhar, e quanto mais eu fugia, mais a sombra me seguia.E nesse contexto nasceu esse disco.Leia mais