Esse livro analisa a fragilidade espistemológica orientada pela característica universalista dos Direitos Humanos proposta desde a criação da Organização das Nações Unidas (ONU). Ao longo desta pesquisa tal fragilidade será evidenciada por meio da colonização brasileira, numa proposição de averiguação decolonialista, à qual traz à tona toda segregação e silenciamento sofrido pelos saberes e culturas dos povos nativos, determinadas de maneira racional e intencional pela europeização dos padrões, apresentando as epistemologias hegemônicas como norteadoras do processo de “culturação” e “educação”. Assim, sob a guia dos estudos da decolonialidade, sustentado teoricamente pelas Epistemologias do Sul, à qual possibilita uma Ecologia de Saberes conduzindo a uma compreensão pluriversal dessa revisita à colonização brasileira, este estudo apresenta o quão frágil se tornou o universalismo proposto como uma das características basilares aos Direitos Humanos, e mediante o entendimento da decolonialidade, o quanto é urgente a construção de um olhar pluriversal para os Direitos Humanos, a fim de que as diversidades e as difusões culturais e de saberes sejam não somente reconhecidas, mas afirmativas em sua existência. Neste caminho, a dissertação abre a reflexão para apresentação de terias críticas dando espaço a novas epistemologias que permitam uma nova compreensão acerca do processo de colonização, e propondo uma ressignificação inclusiva dessas culturas e saberes. Para tal, foi apresentado o seguinte problema de pesquisa: a construção pluriversal da decolonialidade promove uma nova compreensão dos direitos humanos a partir da quebra do paradigma da universalidade? Para obtenção da resposta ao mesmo, a dissertação cumpriu metodologicamente a Teoria da Escolha Racional, a qual entende que as escolhas para a seleção do universalismo como característica aconteceram de maneira racional e pautada pelas preferências e interesses dos países dominantes, seguindo uma lógica de mecanismos causais, permitido através do MetódoLeia mais