«Durante a revolução que ocorre nos anos de 1974-1975, o país muda radicalmente e os jornais refletem e participam ativamente nessa transformação. A agitação vivida nas ruas é também vivida nas redações, em permanenteebulição, num tempo em que ficam célebresepisódios envolvendo jornais e jornalistas, nos quais dificilmente se distinguem as fronteiras entre a política e o jornalismo.Este livro trata dessa história, mas, sobretudo,pretende compreender as circunstâncias em quevão ser criados novos jornais privados, com as suasmotivações e objetivos.Com a criação, em 1975, do Jornal Novo, O Jornal, Tempo e A Luta, surgem projetos jornalísticos distintos, que, pretendendo ser uma alternativa à imprensa então estatizada, são, sob vários aspetos, inovadores e ousados. São também polémicos e participam ativamente no curso dos acontecimentos, assumindo-se como defensores da legitimidade democrática.» (da contracapa)