O autor é Luiz Francisco Fernandes de Souza, com quase 40 anos de trabalho. Há quase 20 anos, Procurador Regional da República, garantista, abolicionista, socialista democrático.
Este livro mostra que a Doutrina Social da Igreja quer Democracia Plena, Participativa, Substantiva, econômica, uma economia do trabalho, baseada num grande Estado do bem-estar social, que proteja do nascimento ao túmulo. Quer economia de mercado popular, simétrico, baseado na difusão (democratização, destinação universal) dos bens, nos microempreendedores e empresas familiares. Este modelo, hoje, é descrito, no mundo todo, como um modelo de socialismo democrático. Existe, em parte, na Noruega, Irlanda, Dinamarca, Nova Zelândia, Alemanha, está sendo implantado em Portugal, Espanha etc.
A Doutrina social da Igreja quer erradicar males como: latifúndios, capitalismo, imperialismo, financeirização da economia, oligarquia, trustes, cartéis etc e um sistema econômico sem estes males é denominado, no mundo, hoje, de socialismo democrático.
A Igreja não tem um modelo de sistema econômico ou político. Tem apenas ideias gerais, reflexões, críticas e propostas, que, juntas, apontam uma Democracia Substancial, Popular, Real, nas estruturas econômicas e políticas, com o primado do trabalho. Cerca de 200 partidos políticos socialistas, no mundo, chamam este modelo de socialismo democrático.
No fundo, este livro mostra que a Doutrina social da Igreja tem ideias semelhantes ás de leigos como Lamennais, Buchez, Alceu, Mounier, Barbosa Lima Sobrinho, Pontes de Miranda, San Thiago Dantas, General Lott, João Goulart e leigos como o Senador Paim, Suplicy, Lula e outros, que se definem como socialistas democráticos.
Boa parte dos textos deste livro são baseados em leituras atentas de Alceu Amoroso Lima e seguem a linha deste que, para o autor do livro, foi o maior dos leigos católicos e que morreu católico e socialista democrático.