A beatitude ou felicidade, é um bem desejável por si mesmo. Mas esse bem está ao nosso alcance? Para responder a essa questão demonstraremos de que forma a beatitude, dentro do pensamento agostiniano, é um fim último e plenamente alcançável a partir de várias etapas do conhecimento. Nossa investigação no presente trabalho visa analisar como, no ser humano, se dá o processo de conhecimento desse bem. Dito de outra forma, como, a partir da fé, e com o uso da razão, o homem conhece e alcança a verdadeira felicidade (beatitude). Levando-se em conta a extensão da obra agostiniana torna-se necessário operarmos um recorte para podermos efetuar nossa análise. Para emoldurar a resposta dada por Santo Agostinho a essa indagação, a base de nossa fundamentação será o tratado da Trindade de Santo Agostinho. Nesse tratado observa-se, de acordo com os pressupostos agostinianos, que é devido à graça, derramada por Deus nos homens, que estes têm conhecimento, entendimento e compreensão dos sumos bens, dos quais a felicidade é um deles. Em nosso estudo monográfico mostraremos, ainda, como Santo Agostinho, no seu tratado da Trindade, afirma que as faculdades da razão, como, por exemplo, a memória, inteligência e vontade, têm relação com a verdadeira trindade e fazem parte de uma única e verdadeira substância que nos conduz à felicidade e ao fim último, Deus.