ATUALIDADESHoje vimos que uma parte da historia do Brasil se encontra aqui onde o tema me levou a pesquisar e elaborar um e-book com esse titulo.
Crime organizado – No Brasil, fenômeno se originou na década de 70Antonio Carlos Olivieri, Especial para a Página 3 Pedagogia & ComunicaçãoA partir da noite de 12 de maio de 2006, a cidade de São Paulo se viu diante de uma situação inusitada por cerca de três dias: uma facção criminosa autodenomidada Primeiro Comando da Capital (PCC) conseguiu fazer a cidade parar, com uma série de atentados a policiais, a ônibus e a instituições bancárias, que geraram pânico na população e mudaram a rotina da metrópole.Episódios semelhantes a esse já tinham acontecido nas regiões periféricas de São Paulo e, principalmente, em alguns bairros do Rio de Janeiro. O que diferenciou o epsiódio dos dias 13, 14 e 15 de maio foi a sua dimensão: a cidade inteira parou e não foi qualquer cidade, mas a maior do país.Exatamente um mês depois, quando o Brasil estreou na Copa do Mundo enfrentando a Croácia, o episódio já parecia esquecido. Contudo, o governador do Estado de São Paulo, Cláudio Lembo, lembrou que outros levantes do gênero poderiam se repetir.Crime organizadoO poder do PCC – uma das facções criminosas existentes no Brasil – não foi vencido, mesmo que a revolta tenha sido controlada, de maneira aliás polêmica: o governo do Estado atribui o controle da situação ao contra-ataque policial. Parte da oposição e da imprensa atribui a um suposto acordo entre o governo e o líder do grupo criminoso, Marcos William Herbas Camacho, o Marcola.Antes de analisar aqui o episódio paulistano, é mais interessante procurar o fenômeno histórico e sociológico que está por trás dele: o surgimento do crime organizado no Brasil. Isso ocorreu ao longo da década de 1970 e vários fatores concorreram para que as quadrilhas se transformassem em verdadeiras corporações empresariais.Na década de 60, começou a acentuar-se significativamente a urbanização do país, devido ao êxodo rural. No ano de 1970, 56% da população brasileira vivia em cidades. Dez anos depois, já eram 68%. Atualmente, passam dos 80%. A população do campo migrou para as grandes cidades – Rio e São Paulo num primeiro momento-, em busca de melhores condições de vida.