“Como água fresca para a alma cansada, tais são as boas novas vindas da terra distante.” (Provérbios 25:25) O jornalismo tem tomado lugar entre as grandes profissões. Sua influência é universalmente reconhecida. Tornou-se uma necessidade da vida moderna e do progresso. Seu desenvolvimento é uma das maravilhas da nossa era. Ele permeia toda a civilização e faz uma impressão constante sobre o pensamento humano. Esse interesse pelos eventos, essa curiosidade pelas coisas, que é a fonte da paixão por notícias, é, de fato, o fundamento da civilização e do progresso humano. No entanto, o jornalismo só agora está começando a perceber dentro de si que não é uma mera agremiação de indivíduos que buscam uma vocação, mas uma entidade, cujos direitos devem ser resguardados, cuja integridade deve ser mantida, e cuja responsabilidade deve ser reconhecida. Esta realização naturalmente leva a uma consideração mais ampla do jornalismo como um todo, para pensá-lo como profissão, ter interesse e deveres coletivos, distintos do jornalismo como uma vocação individual, e daí vem um esforço crescente para chegar a um entendimento comum do que ele realmente é, quais são os padrões pelos quais deve ser regido, quais são as suas obrigações em relação ao público, quais são seus objetivos e ideais. Para a realização completa do jornalismo consciencioso parece ser essencial que uma base seja lançada sobre princípios elementares definitivamente declarados. Não há agência humana que está em constante, íntimo e sistemático contato com o público como o jornalismo. Sua influência, seja profunda ou superficial, seja boa ou ruim, é universal, permeando todas as avenidas da vida. Sua conduta é uma questão de interesse público, e o que jornalismo pensa em si mesmo, os padrões pelos quais ele se orienta e pelos quais deseja ser julgado, sua percepção de suas responsabilidades para com o público, seus objetivos e ideais, devem ser assunto de interesse geral. Há necessidade de um melhor entendimento público das dificuldades que o jornalismo encontra no exercício de sua função e na realização de seus ideais. Há uma necessidade de uma melhor compreensão dos princípios que orientam a sua melhor expressão, uma melhor compreensão de suas aspirações, e uma melhor compreensão da devoção ao serviço público demonstrada por dezenas de milhares de jornalistas que vivem e morrem desconhecidos.