O que somos no tempo? Não é possível que sejamos nada. O ser já supera em muito o nada. No entanto, tão irrisória a chance que nos fez ser, que a conclusão, por ser tão inexata, bem poderia se tratar de um erro. Alheios a isso, seguimos, agarrados ao que temos de concreto. Concreto? Talvez nem tanto. Mas é certo que farei de tudo para continuar sendo, o máximo de tempo possível. Esta é uma poesia existencialista escrita para o Concurso Tâmaras da Amazon.