Nesta obra realizamos um passeio, desde a histórica busca para entender as emoções, pelos mais célebres pensadores, até a concepção sobre o tema proporcionado pela Ciência Cognitiva atual. O autor envolve a emoção ao amplo processo de vida, interligando-a a percepção e o comportamento com intensão de trazer inspirações profissionais de saúde e a sociedade em geral. Critica o fato de não valorizarmos devidamente a importância dos sentimento e a emoção, para compreender as doenças psiquiátricas e de não utilizarmos este conhecimento para o tratamento e ensino. Mostra que vivemos ainda sob a influência das tendência do século passado onde a intelectualidade é ressaltada em detrimento dos aspectos afetivos, pois historicamente, foram os aspectos racionais que diferenciaram o homem dos outros animais. O autor extrai dos inúmeros exemplos das Terapias Sociais que realiza no sul do Brasil e de suas incursões em diversas culturas, os ensinamentos que servem para compreender a emoção na fisiologia que inclui o cérebro e o corpo, para a relação, neste processo do que concerne a mente, e a relação com o ambiente. Com esta base procura entender os dilemas atuais da sociedade que enfrenta polarizações sociais em tempo de conflito e de pandemia. A obra, sobretudo, é uma leitura otimista da vida e recorrendo às praticas ritualísticas das sociedades tradicionais e moderna, tenta extrair sua essência para uma analogia com as melhores psicoterapias e com os métodos de ensino mais aperfeiçoados. Nos bastidores a emoção conta com sua base fisiológica e psicológica, todas elas envolvidas, numa via de mão dupla, com o contexto sociocultural. Por isso o foco buscando entender a base anatômica do funcionamento do cérebro e da função da cultura. Sobre o Autor: O autor é paulista, filho de pais professores, ambos entusiastas pelo ensino e pela arte. Completou sua formação em psiquiatria na França, num serviço de Etnopsiquiatria na Universidade de Nice. Tornou-se psicoterapeuta e se valeu do psicodrama, enriquecendo as Terapias Sociais, a técnica que conta com uma composição objetiva da contribuição do profissional com os recursos do paciente e seu ambiente. Foi um dos fundadores e primeiro presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria Cultural, atuando neste tema nos diversos ambientes internacionais e sempre publicando artigos, alguns pioneiros, que valorizam a importância dos aspectos socioculturais para entender o comportamento humano e servir para a atuação profissional. Dedicou parte de seus estudos às disciplinas que fazem fronteiras com a psiquiatria, dentre elas a sociologia e etnologia. Publicou o livro Terapia Social, que expõe, de forma intimista sua trajetória e a técnica que desenvolveu. Defende um trabalho em grupo como, além de eficaz, preventivo, mais abrangente e inclusivo numa sociedade com grande demanda de distúrbios mentais e carente de opções de tratamento.