“Durante muitas semanas, talvez meses, após o nascimento da minha filha, no auge do puerpério, me senti inadequada, culpada, afinal várias das coisas que estava sentindo nunca havia ouvido falar. Minha rápida conclusão: o problema só poderia ser eu. Eu, naquele momento, me vendo como a única mãe no mundo a ter vontade de chorar sem motivo aparente, a me sentir cansada mesmo estando em casa, a não sentir um amor incondicional vinte e quatro horas por dia, a ter medos tolos e outros gigantescos e com vergonha de expressar isso até a mim mesma, já que nunca ninguém me falou sobre nada disso.
O que me disseram antes? Que meu mundo ficaria cor de rosa, que seriam os dias mais lindos da minha vida e que a maternidade seria mágica. A questão é que tudo isso é verdade, mas não é só isso. Junto com a inundação de emoções nunca vividas chegam também sentimentos desconhecidos e não validados socialmente.”
A maternidade é construção. É uma dança de vários ritmos na qual dores e amores passam a coabitar dentro um mesmo ser e fazer o coração bater de um jeito único!
Por isto este livro existe: para mostrar uma maternidade consciente, leve e a melhor que lhe for possível a cada momento.