A morte está sempre à espreita. A vida é efêmera. Num piscar de olhos, o passamento, o decesso. Numa noite escura, ela pode estar em vigília, numa emboscada, numa encruzilhada. Não escolhe tempo, ano, mês, dia, hora, minuto, segundo, raça, tamanho, altura, ela simplesmente vem. Num atravessar de rua, num mergulho ao mar, num tropeção na rua. E nem sempre ela manda recado.Você já teve a impressão de ter visto algo que de repente desvanece. A sensação de que já conhece uma determinada pessoa, como se fosse alguém de outra vida. A noção de que é observado. Alguém desconhecido que você não sabe se quer te fazer bem ou mal. Você já teve a intuição de que algum objeto estava num lugar, mas desvaneceu. Ou então você o encontrou noutro canto, mas não se lembra de tê-lo levado até lá. Será que é a sua mente que está insana ou será que alguém, algum ente, presente no mesmo recinto que você, moveu esse objeto. E se você tivesse falado com uma pessoa num dia e no outro descobrisse que ela já morreu?A escuridão da noite assusta. Sentimo-nos desprotegidos, vulneráveis, como se algo de ruim fosse acontecer. Como se estivesse na iminência de aparecer um ser do mal para nos pegar. Quem não tem medo do escuro? Todos têm pavor, mas o escuro não tem culpa. A escuridão não faz mal para ninguém. São as pessoas más que fazem. Seres do mal. Seres demoníacos estão à espreita, esperando o momento do bote. Não é bom ficar sozinho na escuridão, nessas horas.O que pode acontecer numa simples piscina? Numa inocente buraco cheio de água. Nada. A piscina não tem vida própria, mas existem seres inanimados, de outro mundo, do mundo das trevas que podem fazer o mal, inclusive na piscina. Logo, nunca vá para a piscina sozinho. Os moribundos preferem aqueles que ficam sozinhos nela.Quem tem medo de cemitério? No inconsciente popular, o cemitério não é um lugar apropriado para ficar à noite. Será que os mortos saem do túmulo nesse horário? Será que eles pegam as pessoas vivas e as levam para dentro do caixão? Já ouvi histórias de pessoas que entraram vivas no cemitério, à noite, e nunca mais retornaram para suas casas. Somente suas roupas foram encontradas, rasgadas, sujas de sangue e com uma mensagem num bilhete: NÃO ENTREM NO CEMITÉRIO À NOITE.O tempo é relativo. Quanto tempo ainda nos resta? Um dia, uma semana, um mês, um ano, dez anos. Quem sabe? A vida é efêmera. Num piscar de olhos, tudo pode findar-se.Você já teve a impressão de que o mundo acabaria naquelas chuvas torrenciais. Aqueles trovões que pareciam bombas atômicas. Seguidos de raios que pareciam querer rasgar os céus. Você espera que ele não atinja, mas em cada estrondo, em cada clarão, vem a incerteza do momento seguinte. As “bombas” continuam explodindo no limiar do céu à luz do clarão.Tudo isso e muito mais na obra de terror e suspense: MEDO DA MORTE.Leia mais