O nascimento de nações independentes na América do Sul até meados da segunda década do século XIX tornou uma necessidade o estabelecimento de relações diplomáticas diretas, a definição de limites fronteiriços e a celebração de acordos de comércio e navegação entre os novos países. Até então, as colônias portuguesa e espanhola tinham vivido “de costas” entre si, com a atenção posta nas metrópoles ibéricas que, com frequência, encararam essa vizinhança com desconfiança mútua, fruto do desconhecimento. Este livro procura narrar esse longo percurso da primeira etapa da construção nacional, a definição dos territórios bem como os discursos de legitimação em torno deles. Começa no estabelecimento de relações diplomáticas e a assinatura dos primeiros tratados. O conflito do Acre faz parte deste relato que se encerra com a firma do Tratado de Petrópolis, em 1903.