O arquipélago no Atlântico Sul, Malvinas para os argentinos e Falklands para os ingleses, foi disputado em uma guerra em 1982. O conflito remete o colonialismo na América Latina. A questão debatida não é se as Malvinas são ou não são Argentinas, mas sim se a guerra era necessária naquele momento. No início dos anos 80, a Argentina vivia sob uma ditadura militar. Especula-se que a questão política interna, os problemas econômicos e a crescente insatisfação da população em relação ao regime foram fatores que contribuíram para a decisão pela guerra. Entretanto, as principais teorias das Relações Internacionais não explicam o motivo pelo qual a população apoiou o governo, apesar de antes protestar contra ele. Para levar essa empreitada adiante, o governo argentino se apoiou no apelo emocional que a soberania das Malvinas-Falklands representa na Argentina. A proposta desta publicação é compreender a construção do nacionalismo e como ele pode influenciar nas decisões políticas de um governo.