A Bíblia é considerada o livro sagrado dos cristãos no mundo inteiro, tida como sua regra de fé, prática, conduta diária e até mesmo posição política. Lida literalmente sem contextualização temporal ou histórica por muitos religiosos como a infalível palavra de Deus, aquela que nunca erra; todavia muito escritores e pesquisadores como Bart D. Ehrman e Joan E. Taylor contestam e provaram suas “falhas” com pesquisas profundas e questionam: Como poderia um livro sagrado ter erros, incongruências ou ideias escabrosas e perturbadoras tidas como compatíveis, legitimas e incontestáveis com a realidade para os dias de hoje? O mundo mudou, mesmo que você considere Deus imutável, você não vive da mesma maneira e na mesma sociedade que viviam nos tempos bíblicos e será que, como afirma Ehrman: “Deus realmente teria dito aquilo?” ou seriam somente seguidores fazendo cópias das cópias de textos já copiados e os modificando dos originais por razões pessoais, políticas ou até mesmo acidentais?Partindo dessa ideia apresentada por estes pesquisadores buscamos falhas na versão da Bíblia mais utilizada e lida literalmente ao pé da letra por cristãos no Brasil, a versão de João Ferreira de Almeida, nela encontramos farto material com erros cronológicos, valores morais dúbios, erros de ortografia, incoerência de pensamento, incoerência argumentativa dentre outros, podemos notar que alguns erros simplesmente são acidentais como afirma Ehrman, mas também podemos notar que alguns foram claramente intencionais disso posto enumeramos, nesse primeiro volume de uma série, oito erros encontrados no velho testamento. E a pergunta que fica é se devemos usar a Bíblia como um texto infalível, perfeito e intocável para nossas decisões diárias, opiniões pessoais e políticas colocando ela acima da constituição ou devemos fazer uma abordagem hermenêutica considerando seus erros e acertos como um documento histórico-mitológico representativo de uma época?