Entre os judeus do Primeiro século a imagem do cordeiro estava diretamente ligada à vida litúrgica de Israel, especialmente com a festa da Páscoa e o Dia de Expiação, pois eram celebradas com o gado miúdo. Os membros da comunidade joanina que redigiram o Evangelho sabiam bem desta compreensão e a aplicaram a Jesus, isto é, o Jesus apresentado no Evangelho segundo João cumpre tanto a função de estabelecer uma nova e eterna aliança, como a de perdoar os pecados. Tais funções são exercidas e eficazes por um mesmo sacrifício: o sacrifício do Cordeiro de Deus, levado ao matadouro como o Servo Sofredor e o Justo, sem abrir a boca. Este sacrifício emoldura todo o Evangelho segundo João.