“Você é escritor?” Meu companheiro de cela pergunta. “Pois é”. Respondo, num mínimo de vontade.
“O que isso quer dizer?”
“Quer dizer que enquanto a maioria das pessoas joga conversa fora, eu anoto”.
Quero dizer. Antes que tudo ruísse e eu entregasse meu corpo de mão beijada ao meu próprio carrasco. Menti e não me arrependo, faria tudo de novo.