A “capital da esperança”, cidade monumento inaugurada por Juscelino Kubitschek no planalto central do Brasil, tem suscitado inúmeras controvérsias. Brasília costuma ser nomeada de maneiras extremamente diferentes: “cidade socialista”, “expressão máxima do urbanismo revolucionário”, “Versalhes brasileira” ou “ilha de mordomias”. Por que imagens tão opostas foram possíveis?Este livro, ao procurar comprrender Brasília na perspectiva das relações espaço/poder, sugere respostas para essa questão. O autor busca explicar a implantação dessa cidade-capital no movimento das lugas sociais que tornaram esse fato possível.Um enfoque original foi utilizado: a capital federal do país é situada como parte do discurso e ação da geopolítica brasileira. O que significa que foram estabelecidas certas cpmex]pes b[asocas emtre o exercício da dominação e a instrumentalização do espaço. Mas a (re)construção do espaço é aqui pensada como processo histórico onde coexistem necessidade e contingência, lógica e política. Assim, o que se visou foi determinar os agentes históricos concretos e o entrecruzamento de seus projetos no ato de fazer história no e com o espaço.