Esta obra, em seu volume II, aborda a evolução socioeconômica e política de Campinas, desde 1797, quando a localidade foi alçada ao status de Vila, com o nome de Villa de São Carlos, passando pela sua ascensão à categoria de cidade, com a denominação Cidade de Campinas, até chegar ao final do século XlX. Demonstra que a forma mais aprimorada do sistema oligárquico, o Familismo Político, vicejou perfeitamente na organização e evolução político-administrativa deste riquíssimo município do interior paulista durante o século XIX, em que pese grandes transformações sociais e econômicas estivessem em curso neste período de sua história.Citando o médico e historiador Lycurgo de Castro Santos Filho, ainda haveria no último triênio do século XX dirigentes políticos campineiros que descendiam “cinco ou seis vezes” de seus ancestrais que fundaram oficialmente a Freguezya de Nossa Senhora das Campinas do Matto Grosso de Jundiahy e que, ao se entrecruzarem de forma muito intensa, seus nomes de família perpetuavam-se por, pelo menos, dois séculos “em fiel, monótona e singular constância”. Em outras palavras, este trabalho expõe o desenvolvimento da estrutura e das ações do poder político em Campinas, realçando a origem familiar e o parentesco por consanguinidade ou por aliança de seus principais atores.Do mesmo modo que o volume I, este tomo também contém um rico material pictórico, em preto & branco e em cores, não apenas para ilustrar os temas desenvolvidos no conjunto da obra, mas principalmente para elucidá-los.Vicente Contador