O livro Direito Eleitoral, do juiz federal Daniel Santos Rocha Sobral, atende muito bem às exigências da linguagem contemporânea. O autor, aliás, conseguiu tratar uma matéria que não tem sido muito estudada com uma simplicidade que dá inveja .
Para começo de conversa: a extensão da obra atende ao equilíbrio. Nem grande demais, para conter frases repetidas e jargões inúteis, nem muito pequena, em volume que não traria as informações necessárias à sua compreensão.
O conteúdo também tem nota marcante. Os dispositivos de lei usados no raciocínio desenvolvido já são devidamente transcritos, o que evita a necessidade de se consultar outra fonte para apreender corretamente o texto. Os precedentes vêm em boa medida, quer porque não são citados a esmo, apenas para preencher espaço, quer porque se conectam de modo preciso com o contexto em que são inseridos. A doutrina escolhida complementa essa tríade, mas não sem ressaltar que o autor expõe ideias próprias, típicas de quem compôs por vários anos a jurisdição eleitoral, e assim escreve com a experiência de quem sabe o que diz.
É chegada a hora de encarar o Direito Eleitoral com a importância que ele de fato tem. Eis então um livro que serve a cumprir esse papel, um papel dos mais relevantes, em um país que precisa avançar.
A obra Direito Eleitoral, que se adapta a estudantes e a juízes, a advogados e aos que se preparam para concursos, veio na medida adequada para executar a difícil tarefa de tornar simples os temas que, devo reconhecer, não têm lá recebido a atenção que merecem.