Diários de confinamento é uma viagem, a vários tempos, pelos dias excepcionais de confinamento de uma mulher fechada em casa, num subúrbio de Lisboa, ao longo de 52 dias de quarentena e 15 dias de calamidade. Estes 67 dias desenham um mapa circunscrito ao momento, a textos e a imagens, mais públicos ou mais privados, tudo ao sabor dos estados de emergência e de calamidade que o corpo e a alma (localizada no triângulo das bermudas corporal, entre o fígado o cérebro e o coração) também foram sofrendo. Desde a ida ao supermercado, passando pelo passeio na Lisboa deserta, à leitura de livros e filmes, até episódios mais bizarros, há de tudo um pouco , temperado com humor, amor e vontade de entreter a espera e marcar o compasso dos dias, para ter a certeza que a COVID19, o Corona ou a SARS-CoV2 existiu, interrompeu a ano de 2020, mas não venceu pela inércia, antes deu a possibilidade de sentir tudo amplificado, no paradoxo de viver em proximidade total das redes sociais, em pleno distanciamento físico.