Com apelido inspirado em personagem de filme, Raimundo Quirino dos Santos, o Paladino acabou com muita festa no Nordeste brasileiro, agora morando no interior do Amazonas e com quase 80 anos, não acaba mais nem com o feijão, diz ele. Homem de palavra e com o coração gigante, não levava desaforo para casa. Andava sempre armado. Analfabeto, porém, muito esperto e honesto, colocou político letrado e corrupto em seu devido lugar.
Paladino levou uma vida de aventuras, brigas e fugas. Viajou muito. Formou famílias em diferentes cidades e teve filhos por onde passou. Trabalhou duro. Redes de dormir no ombro e até pepitas de ouro no bolso. Bebeu mais do que podia, mas não se arrepende de nada, viveria tudo de novo, sabe que tem o santo forte e, por isso, sempre escapou da morte.
O que carrega hoje são lembranças de uma vida com uma coleção de façanhas e a certeza de que quando morrer terá um bom lugar para ir.