James Begg escreve uma carta aos seus conterrâneos escoceses com o objetivo de alertá-los quanto às inovações que, aos poucos, estavam sendo introduzidas na Igreja, revelando a anarquia que viria a surgir se os oficiais ultrapassassem os limites que lhe foram impostos pelos votos que fizeram ao se tornarem ministros presbiterianos, mesmo em questões ditas “triviais” de culto. A primeira parte deste livro é muito útil mesmo para a realidade da igreja presbiteriana de hoje, quando diversas inovações — tais como teatro, coros e bandas — são vistas não mais como algo inovador, mas como a regra. Begg cita cinco tipos de inovadores, diferenciando-os de acordo com seus objetivos. Quanto à segunda parte, apesar de ser direcionada ao contexto da igreja escocesa, ainda é útil ter acesso a tais informações a nível de conhecimento histórico da trajetória da igreja na adoção e rejeição de inovações. Essa parte é constituída, em sua maioria, de documentos e leis da igreja da Escócia, nos quais o autor procura defender que os ministros da Igreja não têm qualquer discricionariedade para adotar novas formas de culto, governo e disciplina, uma vez que, ao aceitarem tais padrões, estão sujeitos a eles — de igual modo, os ministros hoje ordenados estão sujeitos ao crivo dos padrões de fé da igreja presbiteriana.