A aventura de abordar a deviniência do direito talvez devesse iniciar seguindo os rastros de dois Australopithecus afarensis deixados na superfície mole de cinzas vulcânicas endurecidas há cerca de 3,6 milhões de anos. Ou, quem sabe, começar pela análise do comportamento de outros primatas, procurando atitudes equivalentes às de humanos que pudessem fornecer indícios de certa tendência inata à “juridicidade”. Porém, ambas as posturas parecem questionáveis, na medida em que o direito aparece como legado do Homo sapiens sapiens e expressão exclusiva da espécie humana.