Desde muito jovem, Joaquim se encanta com a magia das letras e das palavras. Um garoto que leva uma vida desprendida de família, casa e profissão. Ancorada apenas nas raízes da palavra escrita. Ele cresce, se apaixona e encontra uma voz só sua, que será traduzida em poemas e artigos de jornais. Acompanhamos, durante o livro, a luta interna do protagonista: a necessidade de escrever o que possa ser perdido e a busca de sua identidade genuína, aquela ausente nos registros oficiais. Poeta, jornalista, autodidata, correspondente de Mário de Andrade por vinte anos, soldado da Revolução Constitucionalista de 1932; o livro é uma ficção memorialística da vida de Joaquim Veiga Barros narrado pela neta, que procura descobrir quem foi o avô, quando os documentos deste são queimados. Um convite a um outro tempo.Uma conversa franca entre uma neta e um avô no aqui-agora.