Otto Schaffsen se odeia. Mas conscientemente. Ele confia ao leitor de forma crua sua visão amarga e animalesca da vida, fazendo da hipocrisia seu método de se passar por um jovem encantador e cativante. No entanto, ele tem mais segredos do que finge ter. Sua narração é intercalada pela de um ex-amigo anônimo, que descobriu de forma traumática que Otto não é quem parece ser, destilando sua decepção e rancor nas páginas de um diário.Entre ceticismo de uma parte e raiva de outra, as diferentes narrativas são interrompidas pelos assassinatos de jovens garotos, muito semelhantes entre si e que coloca em cheque a relação elétrica entre os dois narradores.Polar é um debate psicológico inquieto, que questiona os limites entre ofensa, perdão e repreensão, seja para com os outros, seja conosco mesmos.