Um telefonema no meio da noite transforma a vida de uma mulher que acaba de se aposentar. Família, velhice e morte ganharão um novo sentido no reencontro com a Mãe. Cega e ferida, a Mãe não compreende que está vulnerável e vive seus últimos dias. Ela não quer morrer, mas rompeu com o presente. As lembranças são sua vida atual, abandonada na solidão de um sofá num sobrado verde. Como respeitar a velhice da Mãe, sem deixá-la em perigo? Como fazer com que ela entenda que nunca mais será jovem e bonita? Como não culpar a Mãe pelo abandono do Filho e do Marido, numa cidade do interior, que a recém aposentada terá que deixar? Os conflitos dos filhos que não tem espaço para cuidar dos seus velhos surgem na longa despedida. O passado e o presente se confundem, enquanto a recém aposentada descobre a própria velhice. E constata que cada um envelhece do seu próprio jeito.