Há, no final do dia, o grito que o travesseiro sufocou, a lágrima que a água do chuveiro lavou, o apelo silencioso que a câmera do celular não capturou. Há, ainda, o abandono do velho, a descoberta do novo e a fraca, porém constante certeza de que dias melhores virão.Em Cartas na Gaveta, Lucas Frobisher mergulha de cabeça em seus sentimentos mais íntimos e, sem medo de mostrar para o que veio, transforma tudo em poesia. No decorrer das quatro camadas deste pequeno volume, viajamos da inocência para a fria realidade do mundo em que vivemos, das vidas repletas de expectativas para o mar de trevas que insiste em nos rodear, das brincadeiras para os temores do dia-a-dia e, acima de tudo, dos términos para os recomeços.