O conceito de “idolatria do coração” ou “ídolos no coração” se tornou comum, atualmente, no meio cristão evangélico. Idolatria do coração é uma triste realidade no homem. Entendê-la nos ajuda a entendermos o nosso coração. Entretanto, o conceito não foi “criado” em décadas recentes. Os puritanos, como “pais do aconselhamento bíblico”, já haviam percebido tais verdades e realidades ensinadas na Escritura Sagrada (p. ex. Ezequiel 14) e já alertavam aos seus rebanhos contra os perigos e consequências destas idolatrias. David Clarkson foi um dos que se esforçaram nesse sentido.
Nesse pequeno sermão, Clarkson objetiva mostrar que Deus, em Sua Palavra, não considera como pecado, apenas, a idolatria externa, mas também a interna e secreta; e que: “‘idólatras secretos’ não terão herança no reino de Deus. A idolatria da alma [ídolos do coração] excluirá os homens do céu, bem como a idolatria aberta. Aquele que serve a sua luxúria é tão incapaz de entrar no céu tanto quanto aquele que adora ídolos de madeira ou pedra!” – diz Clarkson. Então, ele discorre sobre “treze atos de adoração da alma” que se constituem idolatria, se tais atos forem dados a outros que não ao Senhor.
David Clarkson foi um puritano inglês que, em 1662, foi expulso por não se conformar às exigências da Igreja da Inglaterra. Retornou, em 1672, tornando-se pastor de uma congregação unida, isto é, presbiteriana e independente. Foi, em 1682, co-pastor de John Owen e, com a morte deste, Clarkson assumiu a titularidade do pastorado naquela igreja.
Que esse material seja de auxílio na caminhada cristã e no socorro a outros irmãos em suas lutas contra os pecados e os ídolos do coração!