Alguns teólogos afirmam que é uma perda de tempo estudar a respeito da Grande Tribulação, e que é uma falácia determinar o tempo desse evento escatológico com base na septuagésima semana de Daniel. Assim como relativizam os “mil anos”, que aparecem seis vezes em Apocalipse 20, eles não aceitam que a duração do período tribulacional esteja relacionada com uma profecia veterotestamentária. Mas, não cabe a nós ignorar a Palavra profética, e sim interpretá-la à luz do contexto, segundo a iluminação do Espírito Santo.
Aqueles que se apressam em afirmar que esse terrível e aterrorizante evento escatológico não acontecerá, deveriam atentar com mais cuidado para o que está escrito em Mateus 24.21 e Apocalipse 7.14, pois as expressões “grande aflição” e “grande tribulação”, equivalentes no grego, não aparecem na Bíblia por acaso.
De fato, “desde o princípio do mundo até agora não tem havido, nem haverá jamais” (Mt 24.21) tanto sofrimento, destruição, tragédias naturais, degradação moral, etc., como ocorrerão na Grande Tribulação. Mas, o que esse evento tem a ver com a septuagésima semana mencionada no livro do profeta Daniel?
Quando comparamos as profecias constantes de Daniel, Apocalipse, Mateus 24 e Lucas 21, concluímos que o lapso temporal indefinido, que começou logo após a destruição de Jerusalém (no ano 70 d.C.), já estava previsto na Palavra profética. É o período denominado “os tempos dos gentios” (Lc 21.24), o qual perdurará até o início da septuagésima semana, isto é, a Grande Tribulação.
Depois desse período parentético indeterminado, “os tempos dos gentios”, o Anticristo firmará um concerto ou pacto com muitos por sete anos (septuagésima semana), mas só cumprirá a sua parte do acordo firmado nos primeiros 3,5 anos. Na segunda metade da semana, ele se voltará contra os judeus, e os juízos divinos cairão de maneira ainda mais intensa sobre o mundo (Dn 9.27, Ap caps. 15-16).
O propósito deste livro é preparar os cristãos para a segunda vinda de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, que ocorrerá após a Grande Tribulação e animá-los com a certeza da vitória, pois “tudo podemos naquele que nos fortalece.”Assim sendo, você leitor que adere ao posicionamento pré-tribulacionista, ou você leitor que não adere a nenhum posicionamento escatológico da volta de Jesus, eu lhe convido a ler este livro, refletir e analisar por si mesmo, como os bereanos faziam na época do apóstolo Paulo. Para ajudar àqueles cristãos interessados pelas verdades escatológicas a respeito do retorno de Cristo, no final deste livro poderá ser encontrado um glossário de termos escatológicos usados na obra e também dois anexos: um com 100 perguntas e respostas abordando o fim dos tempos, e outro com dois quadros cronológicos para melhor entendimento e assimilação do conteúdo da mensagem do livro.Maranata!