E se a unidade da vida não for nada mais que a superfície aparente da vertigem? Em “Luz e sombra no espelho de Narciso” o poeta e filósofo André Cressoni explora os abismos que se abrem nas fissuras da existência, até a dissolução da pretensa ilusão de unidade que rege diferentes ideais de humanidade. Este anseio pelo que é Uno é questionado neste pequeno livro de poemas e um conto. O autor almeja articular a ideia de que este abismo vivenciado enquanto vertigem é um vazio nas entrelinhas da experiência humana, e cujas transições atravessam cada um de nós. Este negativo do vazio nas fissuras do que é uno e positivo possibilitaria uma outra forma da experiência de ser-em-comum.