Rastejava, maliciosa, entre a vegetação. Viu então a bela e imponente árvore que se localizava exatamente no centro do jardim. Dali, a serpente ofereceu o fruto proibido a Eva. O final desta história já é conhecido. Mas e os frutos que vieram depois? Desde então, a humanidade convive de diferentes formas com seus outros “frutos proibidos”. A depender dos costumes de um povo, uma droga poderia ser o pivô de uma guerra, reverenciada, abusada, utilizada para os mais diversos fins medicinais, ou… proibida. O objetivo deste livro é motivar o debate responsável e humanizado sobre as drogas ao contar histórias que se cruzam com estas substâncias e com a forma como lidamos com elas. Para entender a serpente que oferece o fruto proibido ou a que rege o ciclo de demanda e oferta de drogas é preciso tanto analisar sua forma em uma perspectiva macro como dissecar suas escamas em escala micro. Proibidos ou não, os frutos que alteram nosso corpo e mente fazem parte da vida humana há milênios. E não parecem mostrar sinais de desaparecimento.