De acordo com os dados mais recentes publicados pelo Bureau of Justice Statistics, em 2014 a população prisional dos Estados Unidos era de 1.561.500. Se forem adicionados à conta os prisioneiros detidos em cadeias locais, a população confinada atrás das grades alcança 2.306.100 (para um índice de encarceramento de 725/100.000), ao qual se deve acrescentar os mais de 4,7 milhões de indivíduos atualmente em livramento condicional ou suspensão condicional da pena o total, mais de 7 milhões de pessoas estão atualmente sob alguma forma de controle penal – quase 3% da população estadunidense, o equivalente ao que seria a segunda maior cidade nos EUA depois de Nova York.
No entanto, a extensão total da população correcional dos EUA não expressa a dimensão profundamente racial e de classe do estado penal americano – uma experiência carcerária, que já conta com quatro décadas, concebida desde o princípio como uma estratégia política para reestruturar a dominação racial e de classe na consequência dos movimentos sociais radicais da décadade 1960.