O Chalo está de brincadeira comigo, não há outra explicação – dizia, a mim mesmo, enquanto chamava o garçom do bar para pedir a conta. Contudo, sua insistência com o tema me preocupava. Já o tinha visto antes obcecado com o futebol ou com um par de saias, mas agora era diferente. Havia uma convicção em suas palavras que deixava qualquer um estupefato. Ao ver esses olhos de animal teimoso, juro que me deu um pouco de curiosidade. E se fosse possível? A própria ideia era tão louca, tão descabida, que dava medo sequer considerá-la.