Fugia de um passado que a abalou profundamente. Algo que a levou a questionar tudo nela. Lia, procura em si, o que há afinal de verdadeiro, o que a conduz a um caminho até às fronteiras, entre o desejo puro e os moldes sociais. Será uma busca onde tem de perder-se totalmente, pois sabe, que é a única maneira de se encontrar. Uma história que pelo erotismo, reflete e questiona, sobre a energia que sente e procura o prazer livre de condicionalismos, e a mente, que o renuncia.
“Sentia-se à deriva, uma nuvem, gasosa, amorfa, como que guiada por uma mão invisível, um desejo oculto sem nexo que lhe ditava um alfabeto que não compreendia. Reconheceu agora esse sentimento, que pouco lhe dizia ou apaziguava, apenas isso, estava à deriva. Nem sequer se sentia perdida, pois não tinha nenhum rumo definido, nenhuma vontade concreta de chegar a lado nenhum, mas de momento era o que tinha. Deriva. Para onde não sabia.”