A obra tem por desafio transmitir as experiências e percepções profissionais da co-autora Roberta Berté enquanto enfermeira assistencial, buscando de forma clara elucidar o nítido confronto entre as acepções sobre a morte na área da Saúde e no Direito, levando em consideração os conflitos jurídicos e éticos médicos atinentes à esta questão tão sensível. Seria correto perguntar: Temos direito à morte? A proteção que se tem pela vida é percebida da mesma forma na decisão pela morte? O direito de morrer é uma opção disponível? Muitas pessoas optam por não se submeter a certos tratamentos, mas, aos olhos da lei esta decisão parece ferir o sentimento, os valores e as expectativas que se criam em volta do paciente, de tal forma, que este não é mais livre para decidir sobre seu prognóstico e tratamento e, por vezes, aceita o ônus insuportável da tecnologia médica para não entristecer e desapontar os indivíduos que o rodeiam. O livro enfrenta com coragem da ortotanásia, bioética, biodireito, autonomia da vontade, testamento vital e morte digna.