Nhá Chica foi “uma excelente mulher, analfabeta e crente, de alma simples, de coração caridoso, e de esclarecido bom senso, que se supunha inspirada diretamente por Nossa Senhora, quando era simplesmente inspirada pela sua própria bondade e pelo seu próprio critério. Em todas as situações difíceis da vida, os que procuravam Nhá Chica iam nela achar um conselho prudente, uma palavra de animação, de carinho, de esperança. Graças a esse conselho e a essa animação, e graças ainda ao extraordinário tino com que a Santa resolvia os mais difíceis problemas, a sua fama cresceu, e afirmou-se a sua santidade. Abençoavam-na os ricos, que lhe deviam o consolo; abençoavam-na os pobres, que lhe deviam o pão; e admiravam-na todos, pela sua virtude exemplar, pelo seu incansável altruísmo, pela sua nunca desmentida caridade. “Nhá Chica, quando morreu, era uma velhinha mirrada, de corpo consumido pelos jejuns, só pele e ossos. Morreu em junho, em pleno inverno mineiro, inverno seco e rigoroso. Em torno do nome de Nhá Chica, já se formou uma suave lenda... (BILAC, Olavo. Gazeta de Notícias do Rio de Janeiro. 1905).Leia mais