Versões em português, inglês e espanhol.
No dia 16 de novembro de 2016, o Dicionário Oxford adicionou a palavra “pós-verdade” e elegeu este verbete como a a palavra do ano de 2016.
Cinco anos antes, porém, o sistema filosófico do escritor Daniel Aço já dissertava sobre a ideia básica de pós-verdade: a de que as crenças se sobrepõem, de certo modo, à evidência dos fatos e à razão.
E este ensaio é a base da concepção de pós-verdade de Daniel Aço.
Trechos do ensaio:
“Cada qual, seja cultural ou espiritualmente falando, é essencialmente um crente. Cada um crê inalienavelmente num repertório de coisas, seja de maneira rudimentar ou profunda, primitiva ou elevada, tosca ou sublime. Pode-se crer em tudo ou em nada, descrer de tudo ou nada. A rigor, qualquer coisa é possível e está passível de negação.”
“Como análise, esbocei um quadro em que as crenças humanas podem ser classificadas em quatro tipos: crenças religiosas, crenças filosóficas, crenças políticas e crenças do cotidiano.”