É inquestionável o papel que as ONGs têm desempenhado na vida das sociedades, nomeadamente desde a segunda metade do século XX. O seu crescimento, a nível nacional e internacional, tornaram-nas incontornáveis para os mais diferentes governos, primeiro como organizações temidas e recentemente como parceiras. Esta sua evolução deixa em aberto respostas para muitos dos problemas que rodeiam o mundo. A minha vivência em algumas das mais importantes ONGs portuguesas permite-me traçar o retrato do seu contributo, assim como questionar o rumo que têm vindo a tomar. Acresce a esta análise a minha reflexão sobre algumas das problemáticas que deveriam se objecto de mais atenção pelas ONGs, muitas das quais divulgadas em artigos de opinião publicados nos últimos anos.