“A constituição de uma identidade – fazendo-se também pela definição do que se lhe opõe, isto é, da diferença – incorpora em sua bipolaridade as dimensões política e social porque nela, como salienta Jacques Derrida (1991), um dos polos é necessariamente privilegiado em relação ao outro e, de consequência, expressão de uma relação de poder. Stuart Hall retoma Derrida quando afirma que “”a constituição de uma identidade social é um ato de poder (…) pois se uma identidade consegue se afirmar é apenas por meio da repressão daquilo que a ameaça””.”