“Todas as noites, há cerca de treze dias, Renata sonhava com a gigantesca árvore. Seus galhos se agitavam com o vento e brilhavam com o calor do sol. Seu tronco era frio e seco, sem seiva de vida alguma. Ela sempre começava o sonho observando a árvore, vendo seus detalhes, percebendo suas estranhezas com fascinação. Depois andava até poder tocá-la. Passava as mãos pelo tronco, e pelo galho mais próximo ao chão, que ficava na altura de seus ombros. Deslizava os dedos pela casca fria até encontrar os frutos.”