Numa madrugada estrelada e quente de verão, vaguei sozinho e embriagado pelas ruas da cidade, ainda com sede de álcool, quando vi na encruzilhada uma macumba iluminada por velas. Por não acreditar em nada e não respeitar ninguém, peguei sem permissão a garrafa de cachaça e bebi. De repente, uma voz grave, aveludada e irônica gargalhou dentro de mim e se apresentou: Satã Espã de Cacodemo.Em transe, sem controle das minhas faculdades mentais, a entidade me possuiu e, como numa regressão, o primeiro romance foi escrito e ilustrado: “Réveillon”, a história de um sonambulismo kamikaze que se espalha rapidamente e permite que, em meio ao desespero generalizado, o narrador descubra verdades chocantes e reveladoras sobre si mesmo, seu pai e a raça humana como um todo.Leia mais