Autor: José Henrique de Oliveira CoutoPrefácio: Keila Pacheco FerreiraTrecho extraído do prefácio da obra"A repersonalização do direito obrigacional brasileiro, fenômeno que deriva do surgimento do Estado Social, eleva o ser humano e sua inerente dignidade/personalidade, como fator central nas relações jurídicas patrimoniais, e provoca uma releitura interdisciplinar do direito civil com apoio na promoção dos direitos fundamentais, em uma busca concreta de justiça e equilíbrio das relações contratuais.Nessa visão antropocêntrica do Direito, o contrato, bem além do livre jogo econômico-liberal entre dois contratantes, apresenta-se como ferramenta preciosa para a efetivação dos direitos fundamentais, sobretudo quando, em momentos de ponderação e cotejo com a autonomia privada, aos princípios contratuais derivados da socialidade se emprega uma maior densidade.Ocorre que, na contemporaneidade, a presença inexorável de novas tecnologias de informação e comunicação nos variados aspectos da vivência humana é também observada no direito contratual, e de modo transversal, no comércio eletrônico, com potencial para ressignificar modelos contratuais diante de novos desafios que se apresentam aos operadores do direito, especialmente, a consecução da proteção da pessoa humana no âmago da sociedade da informação.Nesse contexto, emergem as reflexões do diligente investigador científico e acadêmico de Direito José Henrique de Oliveira Couto, que tive a honra de orientar, por ocasião de seu Trabalho de Conclusão, no Curso de Graduação em Direito da Universidade Federal de Uberlândia, e que ora se apresenta sob o instigante título “Do contrato liberal ao contrato eletrônico existencial e a tutela da pessoa humana: análise à luz daLeia mais