O presente livro analisa as concepções da dança Passinho Foda pela confluência entre as Redes Sociais, a Arte e a Cidade do Rio, bem como as relações entre os dançarinos, as dançarinas, a produção artística e a territorialidade na produção de um fenômeno artístico. Assim, pretende-se identificar como estes atores têm contribuído, a partir da diáspora africana no Brasil, na construção de saberes nas favelas e espaços da cidade, frente à pluralidade cultural e à efervescência dos atuais processos de legitimação da arte, por meio da sociabilidade entre os jovens cariocas, da arte e da cultura, que geram desenvolvimentos e transformações sociais, resultando em disputas de ressignificação social. Entendendo a dança como uma das formas de comunicação social, deduz-se que o fenômeno Passinho seja uma das ferramentas que jovens negros e jovens negras de áreas de favelas, subúrbios e periferias tenham como meio de se expressar e disputar as narrativas que os representam nas grandes mídias. Desse modo, constroem-se categorias, termos e vocabulários que auxiliam na estruturação e na resolução de suas demandas, contribuindo na formação das sociedades contemporâneas e constituindo os novos modos de produção artística, cultural e política decolonial.Leia mais