Este livro busca fazer uma análise da discriminação racial ou racismo, no Brasil, fenômeno que crescentemente vem ganhando espaço nos jornais, nos noticiários da televisão e nas mídias sociais e que vem sendo objeto de exagerado proselitismo, com fins políticos, tornando-se, em certa medida, um antirracismo histérico ou um racismo às avessas – um racismo cultivado pelos próprios negros.Com a possível isenção, procuramos ir às raízes desse fenômeno no Brasil, percorrendo sua evolução até os dias atuais, isenção que infelizmente não se percebe na mídia e na bandeira da maioria dos movimentos sociais da causa negra que deveriam se preocupar em despertar o orgulho negro, de recuperar sua autoestima e não o colocar num plano de inferioridade pelo simples fato de seus longínquos antepassados terem sido escravos.No caso dos movimentos sociais, há uma excessiva radicalização, ao verem, na questão racial, a única causa da desigualdade econômica e social que aflige a população brasileira, nesta incluída os pretos que correspondem a pouco mais de 8% desta população, se tanto. O restante, é majoritariamente mestiço, amarelo ou branco. No caso da mídia, a falta de isenção e de seleção crítica dos fatos que notícia tem causado danos irreparáveis à população em geral que fica com uma visão enviesada da realidade e ao próprio cidadão negro, vítima dos fatos noticiados como se discriminação racial ou racismo fossem. Entre os limites impostos à liberdade de imprensa, infelizmente não está incluída a obrigação de informar com isenção.Sem o rigor metodológico dos historiadores, sociólogos e antropologistas sociais que vêm estudando a “alma brasileira”, a abordagem que aqui será feita é, pelo menos, pouco convencional, já que centrada na análise de fatos que acontecem no dia a dia no País e, eventualmente, no mundo, e não em situações hipotéticas, para finalmente avaliar as suas consequências jurídicas, que é o objetivo final deste livro.Em última análise, é bom lembrar que este livro não é uma obra de sociologia ou de antropologia social. Quando muito, poderia ser uma despretensiosa investida no campo da sociologia jurídica, uma vez que pretende, na sua parte inicial, fazer uma ligeira análise da evolução do fenômeno social da Discriminação Racial ou Racismo, no país, analisando o substrato social em que ele prosperou e prospera, e situando-o no ordenamento jurídico do país, quer quanto à legislação e tratados internacionais que dele trata, quer quanto à interpretação que dele se faz nos tribunais do País.Finalmente, em oposição ao racismo histérico, imaginário, que vem sendo divulgado pela mídia e cultuado pelos movimentos sociais raciais de esquerda, a conclusão a que se chegou é que, no Brasil, a convivência interracial é, e sempre foi, absolutamente harmoniosa, fazendo deste país, no dizer de GILBERTO FREYRELeia mais