"Num tempo em que o homem comum foi submerso, na mídia, em um mar de propaganda ditatorial que exaltava o 'Brasil grande', os amadores de teatro foram sensíveis à ansiedade do espectador em ver o drama, a tragédia, do injustiçado em cena. Encontraremos, na cena amadora, o camponês, o nordestino que migrou, o favelado com grandes dificuldades de subsistência. E também as famílias de classe média, empobrecidas dentro do redemoinho damodernização econômica. "Ney Vilela, ao escrever sobre o teatro amador, desvenda a realidade dramática (ou seria trági.ca?) do Brasil sob ditadura militar.Arte e Resistência em Tempos de Silêncio apresenta, assim, todos os ingredientes de uma sólida análise histórica, lançando simultaneamente luzes sobre nossa sociedade e sobre o fazer cultural nas décadas de 1960 e 1970.Leia mais