Após colapso na rede de fornecimento de oxigênio de uma cidade qualquer durante a pandemia, ex. Secretário Estadual de Finanças vive recluso, alimentando sonho de restaurar antigo casarão de época herdado pelo pai onde já morou com esposa e filhos. Porém, um incêndio de grandes proporções destruiu a construção anos atrás, não só atingindo a casa, como a rua toda. Um trauma que permaneceu na família encoberta pelo tempo, mas que volta a assombrar quando o patriarca decide tombar o patrimônio. Apoiado apenas pela esposa, ele encontra resistência nos filhos, uma vez que o tombamento pode reacender antigos conflitos legais, bem como reativar o interesse da imprensa pela família, que foi a pouco tempo foco de atenção da mídia - que rápido ao julgar, responsabilizou o ex. Secretário pela crise do oxigênio, levando a sua exoneração do cargo. Ele mesmo um sobrevivente de COVID, bem como toda sua família, busca com essa ação retornar as atividades políticas através dos filhos, já que um deles ocupa o cargo de deputado estadual e o outro é seu assessor parlamentar. Um projeto de urbanismo pode ser aquilo que o coloque no jogo novamente, e ter filhos na Assembleia é uma forma de demonstrar ao Governo que o Estado pode contar com a família na forma de aliados. Porém, com a sombra do escândalo recente que paira no ar, é inevitável que as duas tragédias passem a ter um elo, e a família, antes próspera, se veja obrigada a se olhar com mais cautela para com isso definir o papel que ela ocupará na vida pública a partir de então. Mesmo que ela deixe de existir na esfera pessoal.Leia mais