Tudo começou num 14 de fevereiro, ao meio-dia, na pequena cidade de Ourizona, interior do Paraná. Meu destino estava traçado e nele estava escrito que eu teria um Escort Vermelho, e que passaria muitos perrengues com ele.Quando eu era criança, os carros que eu conhecia eram: Kombi, Brasília e Fusca. Meu pai era rolista, sempre tinha um carro velho para gente andar, ou melhor, empurrar.Aprendi a dirigir num Fiat 147, ou melhor, comecei a invadir cafezais, milharais, roças de cafés, sojas, entre outras, cair em valetas num volante destes. Eu deveria ter uns 14 anos. Achava muito difícil manipular embreagem e acelerador simultaneamente. Trocar de marchas então, era um tormento. Fazia todo o percurso em primeira, no máximo, em segunda marcha. Já dei trancos para o motor pegar. Já fiz ligações diretas...Nestas poucas páginas que se seguem, conto um pouquinho da minha infância, meus traumas, discriminações sofridas, brincadeiras que me deixavam feliz, outras nem tanto. Enfim, um pouquinho de mim e de meu carrinho.Como na vida de todos há momentos tristes, mas também bons momentos. Escrevi tudo no papel porque quero compartilhar com você leitor, um pouquinho de mim.Sempre pensei em escrever um livro, mas não achava um assunto legal, algo que pudesse chamar a atenção para a leitura.A AUTORA:Celma Elaine GhirottoProfessora da rede pública no Paraná, sediada na cidade de Mandaguaçu, nos presenteia com suas crônicas e memórias da experiência de ter tido o clássico automóvel dos anos 1980, o Escort.Um Escort Vermelho que foi coadjuvante de muitos momentos peculiares e, em meio a muitas histórias nos permitem descobrir um pouco mais sobre a autora, seus amigos e a riqueza de uma vida em comemoração à Amizade.Leia mais