MENTIROSAS, manipuladoras, violentas, assassinas. Mães tóxicas, narcisistas ou eminentemente psicopatas abrem feridas profundas na alma de suas filhas e filhos, chegando mesmo a ter direta e determinante influência em comportamentos e personalidades depressivas, suicidas, psicóticas e/ou de variados graus e natureza de violência psicológica e física contra si mesmas e contra outras pessoas. Essas personagens comuns da vida real são o alvo principal da lente da autora, que tenta captar, em pouco mais de uma dezena de poemas, a substância de que são feitas, e a partir da qual sentem e maquinam o caos. Pode ser lido como um livro-denúncia, já que a santidade da mãe plasmada na estrutura social muitas vezes desvia o olhar de seus desvios, de todo modo especulares e por isso mesmo mais indigestos. É, porém e sobretudo, justiça e homenagem às crianças, às filhas e filhos que sobreviveram e aos que sucumbiram à maldade.Leia mais