O livro do Prof. Marcelo Zaldini que ora prefacio é uma pequena grande obra, com distintas particularidades. As seguintes razões justificam essa apreciação.Em primeiro lugar, a obra se distingue pelos temas nela abordados. No livro do prof. Marcelo Zaldini, encontramos pelo menos dois principais temas, aos quais vou chamar, para fins didáticos, de “tema fim” e “tema meio”. O “tema fim” é expresso claramente no título do livro, e diz respeito ao “Gênio da química”. Sobre esse tema, comentaremos mais adiante. Aqui, agora, me concentrarei no “tema meio”, que é a água. Isso mesmo: “á-g-u-a!”, que é considerada pelo prof. Marcelo Zaldini como uma “obra prima química” de criação do “Gênio da química”.A água é uma substância de indiscutível importância. Todos os seres vivos criados precisam dela e, sem ela, muitas coisas deixariam de existir. Mas o valor intrínseco dessa substância vai além da necessidade natural. O tema “água” é abordado em diversas áreas do saber humano. Na literatura, ela é usada como metáfora de muitas ações humanas: lavagem, limpeza, banho, purificação, alívio, refrigério etc. No campo filosófico, encontramos um caso singular: o primeiro filósofo, Tales de Mileto, chamou de “água” o arché, isto é, o princípio metafísico ordenador e unificador da realidade. Nesse sentido, pode-se dizer que a água deu origem ao pensamento filosófico. No âmbito da teologia cristã, a água tem grande relevância: foi uma das primeiras coisas criadas, era usada em vários rituais da Antiga Aliança, e é usada como metáfora da regeneração e do poder da Palavra de Deus. Além disso, o próprio Senhor Jesus Cristo não só institui um sacramento que utiliza água em sua ministração, mas ele mesmo afirmou ser a “água da vida”.A água, portanto, é um tema de extraordinária consideração, e o livro do prof. Marcelo Zaldini trata dessa substância sob um rigoroso exame analítico-científico, mostrando a grandeza dessa substância, também conhecida como o monóxido de dihidrogênio.Em segundo lugar, “O Glorioso Gênio da química” é uma obra distinta se considerarmos quem a escreveu. O prof. Marcelo Zaldini é um químico, pesquisador e professor universitário, que há pelo menos 3 décadas tem se dedicado a esse importante campo científico. Ele é, portanto, em todos os sentidos do termo, um cientista. Mas o prof. Marcelo Zaldini não é apenas um cientista; ele é um cientista cristão. Esse dado é importante porque, por si só, é suficiente para desmentir a inconsistente ideia, tão divulgada em nossos dias, de que cristianismo e ciência são âmbitos incompatíveis e irreconciliáveis. Aliás, basta recorrermos à história da ciência e veremos que tal ideia é totalmente descabida e completamente equivocada. De fato, as asserções e os postulados admitidos e assumidos pela verdadeira ciência nunca foram (e jamais serão) inconsistentes com as convicções e afirmações defendidas e proclamadas pela verdadeira fé cristã.São muitos os benefícios obtidos pela leitura de “O Glorioso Gênio da química”. O livro tem muito mais do que está resumido aqui no breve e pequeno spoiler descrito neste prefácio. Porém, mesmo sem desmerecer a capacidade acadêmica e científica do autor da obra, e das suas inegáveis contribuições na compreensão da composição e importância do “líquido da vida” (embora ele mesmo não se considere gênio), não tenho dúvidas de que o maior benefício que o leitor terá na leitura desta obra é a de dar glórias ao Deus triúno, ao reconhecer a nossa pequenez diante da gloriosa genialidade do Sábio, Onisciente, Soberano e Todo-poderoso Criador. Ou seja, no final da leitura, todos certamente deverão dizer, como o prof. Marcelo Zaldini, Soli Deo Gloria!— Gerson JúniorLeia mais